Produto de confeitaria saudável pode ser consumido por pessoas com restrições alimentares.
O Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) concedeu, no último dia 4 de abril, a patente de pasta americana sem açúcar a um trio de alagoanos. O registro reconhece a invenção mundialmente.
O produto foi criado por alagoanos Daniela Cavalcante, Rodrigo Carvalho e Claudine Lacerda.
Os inventores tinham a patente depositada desde 2017, e agora, os criadores têm a proteção definitiva. Eles deverão iniciar as negociações com empresas já estabelecidas no mercado para produção em larga escala, o que deve gerar emprego e renda em Alagoas.
Um dos criadores, o empresário Rodrigo Carvalho, diz que a proteção definitiva vale até meados de 2037. A patente é uma autorização do governo, concedida pelo INPI, que reconhece que existe uma novidade mundial na invenção.
A ação cede o monopólio de exploração por 20 anos no país em que foi depositada.
“Estávamos confiantes e ansiosos aguardando o julgamento final pelo INPI, pois até este ocorrer detínhamos apenas a proteção provisória da nossa criação. Com o julgamento final reconhecendo que nossa invenção preenche os requisitos obrigatórios: da novidade, da atividade inventiva e da aplicação industrial, passamos a possuir a proteção definitiva, válida até meados de 2037”, destaca.
“A análise pelo julgado do INPI para conceder uma patente é extremamente minuciosa e, para que um pedido seja concedido, não deve existir nada parecido em termos mundiais, apesar da proteção ser territorial/nacional”, completa Rodrigo.
O que é a pasta americana sem açúcar?
A ideia de criar o produto surgiu antes do aniversário da mãe de uma das criadoras, Daniela, que tinha diabetes. A mãe da criadora gostava muito de bolo com pasta americana, mas não poderia consumir por conta da alta quantidade de açúcar.
A partir disso, Daniela começou a desenvolver o produto em laboratório.
O produto de confeitaria tem sabor parecido com a tradicional, mas usa adoçantes naturais como base, ao invés do açúcar.
“Ela apresenta as mesmas características e aplicabilidade da pasta feita com açúcar, sem, no entanto, causar problemas de saúde ou agravar doenças já existentes, ampliando as opções da confeitaria artística e podendo ser consumida por pessoas com restrições alimentares”, explica Daniela Cavalcante.
A pasta americana sem açúcar tem a mesma finalidade da tradicional. Ela pode ser usada na confeitaria artística para decorar bolos, doces, biscoitos e outras aplicações.
Claudine Lacerda, outra criadora do produto, afirma que a intenção não é abrir uma indústria para produzir a pasta americana, mas sim transferir a tecnologia. Ou seja, o trio busca vender a ideia para empresas que já trabalham com o produto.
“Hoje estamos orgulhosos e confiantes de termos conseguido um feito tão valioso, não só para nós, mas para todos que acreditam na inovação em nosso estado, mostrando que há inventores capazes de muito, basta ter oportunidade”, salienta.
Outra possibilidade seria fechar parceria com uma grande indústria para produzir em Alagoas, gerando emprego e movimentando a economia do estado.
“Assim sendo, iniciaremos em breve as negociações com as empresas que possuem know-how e são detentoras de grande parcela deste mercado no Brasil”, concluiu a criadora.
Produto ainda não está disponível nas prateleiras
Mesmo sem ter valores já definidos, Claudine destaca que é possível que o preço final seja um pouco acima do produto tradicional.
A criadora mencionou que, desde 2015, quando começaram a criação da pasta americana sem açúcar, surgiram diversos ingredientes que podem baratear o processo.
“A gente espera um valor competitivo, mas certamente não vai ser o mesmo valor de uma pasta americana com açúcar, tradicional. Vai ser um pouco mais caro, como sempre foram esses produtos da culinária zero açúcar”, explica.
O trio ainda deverá negociar com indústrias para a venda do produto. Portanto, a pasta americana sem açúcar ainda não está disponível nas prateleiras.
Os alagoanos foram contemplados com alguns programas de aceleração. Um deles foi o Programa Centelha, que deu, aos criadores, a oportunidade de colocar em prática a produção da pasta americana.
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Excelente! Que sirva de inspiração para outros inventores no Estado.
Incrível! Orgulhosa 👏