Na série de filmes “O Exterminador do Futuro”, a Skynet foi responsável por destruir parte do mundo e iniciar uma guerra, e logo este se tornou um dos filmes mais influentes dos anos 80.
Agora, a Xiaomi vem com um humanoide que detecta emoções mas, não tem nenhuma capacidade destruidora. Na verdade, ela vai destruir algo: mercados. E, com isso, criar um novo relacionamento com os consumidores.
A Xiaomi, em agosto de 2021, revelou seu primeiro robô quadrúpede de inspiração biológica apelidado de CyberDog. Agora, um ano depois, a empresa apresentou seu primeiro robô humanóide chamado ‘CyberOne’.
A empresa diz que o CyberOne pode perceber o espaço 3D e reconhecer pessoas, seus gestos e expressões. Ele possui um “mecanismo de reconhecimento de semântica” alimentado por Inteligência Artificial, bem como um “mecanismo de identificação de emoção vocal”, o que significa que pode reconhecer 85 tipos de sons ambientais e 45 classificações de emoção humana. Pode até mesmo confortar humanos em momentos de tristeza, diz a Xiaomi.
¡#CyberOne, nuestro primer robot humanoide de tamaño completo, interactuando con @leijun!#InnovaciónParaTodos pic.twitter.com/zgjRagiKTm
— Xiaomi México (@XiaomiMexico) August 12, 2022
O que eu acredito:
- As empresa irão utilizar, cada vez mais, os robôs para fazer os TRABALHOS mais REPETITIVOS e CUSTOSOS para a saúde, deixando seus funcionários mais qualificados e livres para focar em tarefas mais críticas de CRIATIVIDADE. A mistura, portanto, pode ser uma boa ideia. Gente, vivemos na sociedade do CONHECIMENTO.
- O Brasil, se não começar a discutir e desenvolver ESTRATÉGIAS de país na era tecnológica será completamente ENGOLIDO pelas potências mundiais, o emprego vai ficar cada vez mais escasso. Apesar de todos estes aspectos interessantes, o que há de PIOR para um país é não DISCUTIR o assunto. E é justamente isso o que acontece no Brasil, mesmo neste ano eleitoral.
CyberOne é o presente, CyberOne é parte de uma nova sociedade. Não adianta ficar reclamando as perdas de subemprego de uma população pouco qualificada. O estado deve discutir política pública de qualificação em massa, empregos da economia do conhecimento.
É importante ter uma perspectiva mais REALISTA do que REATIVISTA, diminuir uma perspectiva de fuga e aumentar os níveis de discussões à luz do conhecimento relativos à nossa interação com os robôs.
Dheiver Santos é professor, Pesquisador e Empreendedor. Cientista de Dados Sênior no Grupo Boticário/GAVB, Mentor de Negócios no Founder Institute Brazil, Pesquisador na Rede BRIDGE, Consultor Empresarial, Prof. Doutor UPE Pernambuco– ensinando cadeiras na área de indústria 4.0 (IoT e Cloud Computing). Possui Doutorado em Engenharia Química pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Possui mais de duzentas produções científicas na base Lattes e mais de 15 anos de experiência de mercado.