Índice registrou 128,1 pontos em janeiro, 10,5% acima do registrado no mesmo mês em 2021.
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) de Maceió registrou, em janeiro deste ano, 128,1 pontos, apresentando um quadro de estabilidade durante cinco meses.
A pesquisa, realizada pelo Instituto Fecomércio Alagoas, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), aponta um patamar levemente inferior ao período pré-pandemia, com uma queda de 1,8% em relação ao mesmo período de 2020.
Comparando os dados atuais com o mês de janeiro de 2021, o índice apresentou uma alta de 10,5%. Em maio de 2021, período em que houve o avanço da vacinação contra Covid-19, o levantamento apontou 98,9 pontos. A partir de então, o ICEC apresentou uma retomada da confiança do empresário mês após mês, alcançando 129,3 pontos em setembro de 2021.
Para o assessor econômico da Fecomércio AL, Victor Hortencio, o cenário de redução de casos mais graves da doença ajudou a criar condições mais seguras para o funcionamento das empresas alagoanas no final do ano.
Entretanto, apesar do quadro de estabilidade apresentado desde setembro, o economista pontua que o ano de 2022 começou com um aumento exponencial nos casos de sintomas gripais, o que, de acordo com Hortencio, se configura como um alerta para a importância dos cuidados sanitários e de distanciamento social.
“O cenário mais otimista se mostra como um ensaio de estabilidade para o ano. Mas agora também estamos tendo que lidar com os desafios impostos pela nova variante Ômicron e suas repercussões na saúde pública e na economia nacional”, observa.
O economista também destaca que o cenário de momento, que tem sido marcado pela inflação de dois dígitos e pela alta nas taxas de juros (base para a tomada de crédito), exerce pressão sobre os custos de produção de alguns setores, e, consequentemente, acaba aumentando o custo de vida da população.
Por outro lado, entre os fatores que favorecem a manutenção da estabilidade do índice, frente a preocupação com o aumento no número de infecções, Hortencio salienta a alta temporada no turismo, que ocorre sempre no mês de janeiro, além do período de volta às aulas, que movimentam bastante o comércio.
Na variação mensal, apenas o subíndice ‘Expectativa do Empresário do Comércio’ apresentou variação negativa, com queda de 1,9%. Para o economista, o resultado pode ter como causa a preocupação com as consequências da ausência dos festejos oficiais de carnaval por mais um ano, já que o período costumava registrar aquecimento de vendas, além da pressão exercida pelos aumentos sucessivos no preço de produtos essenciais, como o combustível e o gás de cozinha.