O segredo de gerir melhor e mais rápido

Fazer mais em um menor tempo, mantendo a qualidade; esse é um grande dilema que avança em todas as épocas da história da humanidade. 

Processos ágiles estão se espalhando muito rápido pelo meio empresarial. O grande protagonista dessa revolução chama-se “insights”, que é entendido como uma consequência de análise de dados.

Atualmente, o sistema de geração de Insights é realizado através de plataformas, mas, há um tempo, as empresas precisavam relacionar as informações manualmente para chegar a uma conclusão (vamos combinar, no Brasil a maioria das empresas ainda relacionam informações manualmente, mas bora lá). 

A geração de  insights é assim: possui a necessidade de recursos humanos qualificados para construir plataformas. Profissionais de BI e People Analytica se destacam nessa atividade.

Voltamos para o desenvolvimento de ferramentas que possibilitem a criação de insights para gestão de empresas. O Analista de BI, segundo a plataformas vagas.com, inicia ganhando R$ 3.069,00 de salário e pode vir a ganhar até R$ 6.479,00. A média salarial para o Analista de BI no Brasil é de R$ 4.525,00. Mas, seguem aí os principais princípios de Design de insights gerados por Analistas:

Princípios de Designs de Insights

Esses princípios são pensados para evitar a grande perda de tempo e dinheiro. Tudo isso tem o objetivo de diminuir os custos e fazer com que o empresário maximize seus lucros. 

  1. Criação de processos

Nenhum plano de ação se sustenta, orientado pelo planejamento estratégico, se não tiver os processos internos bem definidos. Esses processos internos têm que ter as atividades relacionadas entre si, envolvendo profissionais, procedimentos padrões POP, equipamentos e informações. Fazendo uma analogia, é o terreno onde acontece a batalha. Agora que você cuidou do terreno, vamos cuidar das ferramentas. 

  1. Aparato Ferramental

Com a informatização acentuada a partir da década de 90, exigência de relatórios mais versáteis, culminando nos chamados Sistemas de Informação Executivos (EIs – Executive Information Systems) com sistemas visualmente atraentes, painéis gráficos e planilhas de resultados, trazendo indicadores básicos de desempenho para monitoramento pelos tomadores de decisões. Evoluir é uma necessidade das empresas.  

Agora que os processos foram implementados, as ferramentas estão disponíveis para os setores da organização. É necessário pensar nas dinâmicas integradas para que o negócio possa estar repleto de insights e não vivenciando uma bolha setorial das pessoas que repetem o mesmo padrão comportamental. As consequências são duras, principalmente a cargo do potencial de inovação, ou seja, ambientes que reverberam o mesmo padrão possuem um baixo potencial de inovação.

  1.  Dinâmicas integradas

Jim Collins e Jerry, no seu livro “Feitas para durar”, relacionam uma série de vantagens a respeito do processo de integração organizacional. Entre as citadas pelos autores estão: o aumento de produtividade (vocês sabem que vendas e marketing têm que estar relacionados, se não, nada dá certo), melhoria da comunicação interna, e consequente diminuição de ruído interno.

Os autores também citam a otimização do tempo. Pense que alguma determinada informação esteja com uma pessoa em um setor bem afastado. Quanto tempo essa bolha descobriria a solução do problema? Então, o tempo é otimizado com o processo de integração de equipes, claro que existem tamanhos ótimos e requisitos para essa integração, tem que fazer sentido, como no exemplo de marketing e vendas, produção e estoque, etc. Tudo isso só se mantém de pé se os colaboradores estiverem motivados a realizarem a tarefa.

  1. Engajamento de equipes

É uma relação diretamente proporcional: quanto mais engajadas as equipes, melhores os resultados da organização, e o fator humano faz muita diferença.

É importantíssimo que os gestores compreendam os perfis individuais. Escuto muito essa reclamação: “…mas minha empresa tem 1000 funcionários”, contrate mais líderes, líderes e líderes… , você está crescendo errado, se não contratar lideranças que possam responder aos anseios dos profissionais. Pesquisas mostram que o maior fator que faz os profissionais se sentirem perdidos é o abandono das lideranças, perdidos igual a barata tonta e sem saber o que esperar da empresa. Líderes transformam organizações, engajam e cuidam de pessoas. 

Zygmunt Bauman, em Modernidade Líquida, tem um pensamento interessante que pode ser interpretado até como pessimista a respeito do nosso mundo do trabalho. Ele diz que: “pessoas na modernidade líquida não fazem carreira, não há estabilidade nos cargos, empregos são individuais, não criamos laços”. Ou seja, como tudo é incerto, as pessoas precisam aprender a ser flexíveis nos empregos e a desenvolver muito mais habilidades do que as pessoas precisavam antigamente. Acredito que os líderes devem contrapor o pensamento de Bauman nas suas organizações, essa seria a grande diferença da liderança organizacional. 

Nunca foi sobre ferramentas, sempre foi sobre pessoas e processos. Tudo que comentamos, temos que perceber que existe uma revolução tecnológica na nossa frente, precisamos de pessoas qualificadas para gerar insights através de ferramentas, mas também precisamos formar novas lideranças, capazes de estabelecer as pontes entres os princípios da gestão moderna.

Para Samuel Souza, Analista de BI no Grupo Boticário:

“O grande sucesso na carreira profissional vai muito mais além das habilidades técnicas mas o quanto somos capazes de deixar a nossa marca na vida das pessoas, construa relações, cuide de pessoas, isso terá um valor incrível.

O advento da revolução tecnológica é uma realidade presente e existe uma grande necessidade de formar pessoas que se importam com pessoas e os resultados serão consequência de uma excelente gestão.

Sou um jovem de 22 anos, e apesar da pouca idade, já tive oportunidade de conhecer muitas pessoas através de algumas empresas e o que mais me marcou foi presenciar uma má gestão que não tinha nenhum interesse na gestão de pessoas.

O foco era somente gerar resultado, mas os degraus para alcançar esses resultados não eram calculados e a má gestão afeta diretamente na produtividade de toda a equipe de funcionários e isso me afetou muito.

Depois de 1 ano e 6 meses tive um “Insight” e resolvi assumir um novo desafio na minha carreira profissional e pedir demissão desta empresa, com o objetivo de dedicar integralmente nos estudos de business intelligence.

Logo após este episódio minha jornada foi marcada por dias difíceis, de eventual desânimo, mas certa vez um amigo me disse para jamais desistir dos meus sonhos e que com muito esforço e dedicação eu alcançaria meus objetivos, continuei persistindo, errando mas buscando evoluir e em janeiro fui coroado com a honra de fazer parte do maior ecossistema de beleza: o grupo Boticário, um sonho que se tornou realidade, estou conhecendo pessoas incríveis como meu querido amigo Dheiver que me concedeu a honra de escrever neste artigo, agradeço imensamente a ele por todos os conselhos e o apoio que têm me dado e com certeza uma amizade que levarei por toda minha vida.

Meu sincero desejo é que este artigo ajude muitos analistas de BI e pessoas que queiram iniciar a profissão, sucesso a todos e nunca desistam dos seus sonhos pois um dia eles podem se tornar realidade!” 

Para Diego Fan Ribeiro, Analista de Dados no Grupo Boticário:

“O primeiro passo para ter uma carreira em uma gestão de sucesso é se auto gerir, medir suas expectativas seguindo um plano dentro da atual revolução tecnológica.

Tenho formação em Ciências Econômicas e Contábeis, decidi mudar de carreira quando experimentei que não me adaptava aos processos burocráticos, quando me dei conta, minha carreira estava entrando em colapso, vivia como se não houvesse líderes me gerindo, senti que algo deveria mudar e daí entra a história do ‘plano x expectativas’.

Procurei algo que gostava e tive aquele ‘insight’: a ‘Revolução’ está chegando e tenho que me adaptar ao mercado. Duas grandes dicas: nunca é tarde para mudar, independente da sua área de atuação (o mercado de TI é bem diversificado), e sempre existe algo a mais, busque ‘esse algo’.

Já dizia Josepth Alois Shumpeter: ‘Empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços’.

Eu decidi destruir o curso rotineiro no qual estava vivendo, para construir um outro profissional adaptado à nova Revolução Tecnológica, seguindo as sábias palavras do nosso mentor Dheiver Santos: ‘hoje, tudo passará por código, quem não se adapta se deprecia’.

Procure gerir a si mesmo e seja um intraempreendedor onde quer que esteja, já dizia Jorge Paulo Lemann: ‘Sonhar grande, sonhar pequeno, dá o mesmo trabalho’.”


Dheiver Santos é professor, Pesquisador e Empreendedor. Cientista de Dados Sênior no Grupo Boticário/GAVB, Mentor de Negócios no Founder Institute Brazil, Pesquisador na Rede BRIDGE, Consultor Empresarial, Prof. Doutor Estácio de Sá – Alagoas ensinando cadeiras na área de tecnologia da Informação (Sistemas operacionais). Possui Doutorado em Engenharia Química pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Possui mais de duzentas produções científicas na base Lattes e mais de 15 anos de experiência de mercado.


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