A cada 4 profissionais, três já foram vítimas de falsos anúncios de emprego, diz pesquisa.

Diante da crise que o Brasil está passando, diversas pessoas desempregadas estão em busca de mais uma oportunidade para ingressar no mercado de trabalho. Com isso, é preciso ficar mais atento às vagas ofertadas pela internet.

Uma pesquisa feita pela Heach Recursos Humanos, com 800 entrevistados, constatou que três em cada quatro candidatos foram vítimas de falsas vagas de emprego ao responderem a anúncios online.

Em relação a quantidade de vezes que caíram nos golpes, a pesquisa apontou que 401 profissionais foram vítimas três vezes ou mais, o que representa 66,4% dos que já responderam a anúncios falsos; 138 foram enganados duas vezes (22,85%) e 65 profissionais disseram terem sido vítimas apenas uma vez (10,75%).

De acordo com a gerente do Unit Carreiras, Janaína Machado, é preciso ter cuidado com os falsos anúncios, que têm o objetivo de captar informações pessoais dos possíveis candidatos para comercializar as informações ou aplicar outros golpes.

A gerente aconselha, antes de preencher formulários na internet, pesquisar o site da empresa, além de verificar qual é o trabalho deles e o tipo de serviço prestado.

“Isso porque, normalmente, as grandes empresas divulgam suas vagas não apenas nas redes sociais delas, mas nos sites corporativos. Então, é sempre importante conferir as vagas antes de enviar o currículo, para evitar passar para golpistas informações pessoais que são vendidas e utilizadas de maneira indevida”, destaca.

Como posso identificar um golpe?

Segundo o site Vagas.com, existem algumas características que ajudam a identificar as falsas ofertas de emprego. Confira abaixo algumas delas:

• Anúncio que redireciona o candidato para algum site estranho: quando um anúncio levar para algum site que não tem muito a ver com carreira e emprego, podem querer apenas coletar suas informações para montar um banco de dados e depois oferecer produtos e serviços. Geralmente, anúncios de vagas redirecionam o candidato a sites especializados ou para o próprio site da empresa.
• Contato imediato após se candidatar: quando você recebe uma ligação imediatamente após se candidatar, é sinal de que a vaga não é verdadeira. Nesse tipo de fraude, seus dados são utilizados para entrar em contato e oferecer algum produto ou serviço. Caso aconteça, a dica é não assinar ou comprar nada, muito menos compartilhar dados bancários.
• Vaga muito genérica: caso você encontre um anúncio que vale para qualquer candidato, fique atento! É possível que seja mais um anúncio falso para uma empresa que quer montar um banco de dados e vender serviços a clientes em potencial. Por exemplo, “profissional de tecnologia com função generalista que tenha mais de dois anos de experiência”.
• Ter que pagar para participar do processo seletivo: caso alguém entre em contato pedindo que você pague qualquer quantia para participar de uma seleção para uma vaga, fique atento, pode ser fraude.
• Ter que pagar por algum curso para sua contratação: se alguém disser que é preciso pagar por um curso para fazer parte do processo seletivo, também pode ser fraude.
• Comunicação confusa e muitos erros de digitação: geralmente, empresas sérias fazem contatos bem redigidos e com uma comunicação clara e profissional. Essa dica vale para qualquer contato feito em nome de uma empresa.
• História muito longa e improvável: caso uma empresa que não tem escritório no Brasil, por exemplo, entrar em contato com você contando alguma história longa e confusa, pedindo informações incomuns para um processo seletivo, fique atento. Pode ser uma forma de conseguir informações sobre sua família e onde você mora de maneira ilícita, e nada deve ser compartilhado nessa situação.

Como devo agir caso desconfie de uma vaga?

Em situações semelhantes às relatadas acima, as orientações para não cair em golpes são:

• Buscar na internet se a empresa que se diz interessada em você realmente existe;
• Entrar em contato com a empresa através de canais oficiais para confirmar as informações do processo seletivo;
• Perguntar o nome e sobrenome da pessoa e o nome da empresa que ela diz representar, sempre que possível;
• Ficar atento ao número de telefone e remetente do e-mail utilizados no contato (empresas sérias não usam nomes, remetentes ou fotos de perfil informais);
• Perguntar como a pessoa conseguiu o seu contato, e caso a resposta não seja clara, insistir na pergunta.

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