Beeva Brazil lançou campanha de equity crowdfunding mirando expansão de portfólio.
A foodtech alagoana Beeva, que tem foco em produtos derivados da apicultura, lançou nesta segunda-feira (6), uma campanha de captação de investimentos via equity crowdfunding.
Nesta modalidade, um conjunto de investidores financia uma empresa em troca de participação societária.
Em operação há 1 ano e 4 meses e com a primeira etapa do negócio consolidada, a startup soma um mix de 22 produtos distribuídos em grandes redes como Carrefour e Pão de Açúcar, além do mercado asiático.
Agora, a Beeva quer expandir o portfólio e alcançar novos clientes com recursos de financiamento coletivo. O objetivo é captar R$ 5 milhões em troca de 10% de participação no negócio. A cota mínima para participar da rodada de investimentos é de R$ 1 mil.
De acordo com o CEO da empresa, Jatyr Oliveira, com o investimento, a foodtech deverá lançar uma nova linha de produtos exclusivos com suplementos derivados da apicultura, fortalecer a operação de e-commerce tanto no Brasil como na Europa e Estados Unidos, além de ampliar as ações de marketing e comunicação com a aposta em novos embaixadores da marca.
“O propósito da Beeva é de contribuir no desenvolvimento sustentável do semiárido brasileiro. Tudo que investimos é com esse fim. Com a captação, vamos lançar novos produtos para continuar fomentando a apicultura no semiárido e criar novas oportunidades”, afirma.

A captação está sendo realizada online por meio da plataforma CapTable. O assessor de M&A, João Paulo Ramalho, explica que, no equity crowdfunding, investidores fornecem fundos, de forma coletiva, para uma empresa e recebem uma parte da mesma na forma de participação societária (equity) ou de títulos conversíveis de dívida que, no futuro, podem ser convertidos em participação societária.
“Ao invés de depender de um único aporte de um investidor anjo, as empresas podem pulverizar os aportes entre diversos pequenos investidores que aplicarão um determinado valor em troca de equity“.
Ramalho destaca que esse mecanismo pode ser utilizado por empresas ou startups em fase inicial, com o limite de faturamento anual de R$ 10 milhões, segundo a Instrução CVM 588, e que tenham um potencial de escalabilidade.
“Geralmente, são empresas que têm um MVP (Mínimo Produto Viável) ou que já estão no período de tração, ou seja, buscam alcançar a fase de maturidade através do crescimento com um modelo de negócios bem desenhado”, explica o assessor de M&A.
Sobre a Beeva
Com uma rede de cerca de mil famílias de produtores na Mata Atlântica e Caatinga, a Beeva foi criada em 2020 para produzir derivados da apicultura com base em um conceito de desenvolvimento sustentável.
A startup tem sede no município de Marechal Deodoro e conta com uma unidade de processamento de mel, extrato de própolis e própolis em pó encapsulado, além de um centro de inovação e o Instituto Beeva.