Associação dos Municípios e Ministério Público recomendam suspensão.
Contrariando a recomendação da Associação do Municípios de Alagoas (AMA) e do Ministério Público do Estado (MPE), a prefeitura de Maceió anunciou, nesta terça-feira (30), que estão mantidas as festas de Réveillon na capital.
A recomendação de suspensão da AMA foi motivada pela nova onda de Covid-19 que voltou a parar a Europa e o avanço da variante Ômicron, identificada inicialmente na África do Sul. Cidades como Salvador, Fortaleza, João Pessoa e Recife já anunciaram o cancelamento dos festejos de Ano Novo.
Para o produtor Daniel Perdigão, da Barrera Produções, os planos seguem os mesmos de quando anunciada a retomada dos eventos e o foco agora deve ser mantido no incentivo à vacinação e na queda dos números de internações e mortes por Covid-19.
“Antigamente era preocupante, com muita gente morrendo, muitas internações. Mas agora tem vacina, e a gente precisa se agarrar no que tem”, defende o produtor.
Daniel acredita também que, com a população vacinada, suspender novamente os eventos ou reduzir a capacidade de público não é uma opção adequada e deverá apenas prejudicar o setor, que já passou mais de um ano em inatividade.
“Não vão limitar as praias, não vão limitar o público nas ruas, então por que fechar só um setor? Ainda mais no nosso estado, em que a economia depende disso, as festas movimentam o turismo e o povo precisa”, enfatiza Daniel.
Vacinação e economia
Em publicação nas redes sociais, a prefeitura de Maceió ressalta que mais de 80% da população da cidade já está imunizada — o que resulta em uma queda significativa no número de casos, internações e mortes pela Covid-19 e incentiva que o público complete o seu esquema vacinal contra a doença.
Além disso, a nota relembra a importância das comemorações de final de ano para a economia da região, gerando empregos e renda. O órgão determina, no entanto, que a realização das festas ainda dependerá da situação da pandemia no país e seguirá avaliando a necessidade de novas medidas.
O Governo do Estado ainda não se posicionou sobre a manutenção das festividades.