Designers desenvolveram identidade visual com inspiração folclórica e popular.
O estudante Rayrã Chaves, do curso de Design da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), e Marina Ávila, já graduada no mesmo curso também pela Ufal, são finalistas do Prêmio Brasil Design Award 2021, o mais importante da área no país.
A dupla, criadora do Estúdio Silibrina, desenvolveu a identidade visual do projeto Cine do Mangue, para o cliente Céu Vermelho Fogo Filmes, produtora voltada para o audiovisual que promove cursos e oficinas em algumas cidades de Alagoas. O projeto teve criações de papelaria, camiseta, ecobags, marca-páginas, bottons e estamparia.
Segundo a designer Marina Ávila, o trabalho foi realizado através de um processo de imersão onde a dupla analisou parte do referencial imagético e estético no briefing do cliente, além de introduzir o conhecimento e as referências dos designers na área.

“Por se tratar de um projeto de identidade visual que comunica expressividades midiáticas, culturais e populares, nossa inspiração foi a essência das alegorias folclóricas e fantasiosas desse universo criativo (como o cinema), além de estímulos pictóricos do movimento Armorial – grande referência nossa”, explica a designer.
O Prêmio Brasil Design Award tem dez categorias principais da área de Design e visa projetar os trabalhos de maior prestígio no país. Em 2021, cerca de 1.600 trabalhos foram submetidos para a primeira avaliação.
Aproximadamente 480 deles entraram na shortlist para competirem pelas premiações, e serão avaliados por um júri especializado e voto popular.
O projeto desenvolvido pelo Estúdio Silibrina está disputando na categoria de Design Gráfico, na subcategoria Marca de Produto ou Serviço, ao lado de projetos feitos para grandes marcas como Itaú (Íon), Coca-Cola (Kuat), Lacta, Devassa, entre outros.

O trabalho está disponível no Instagram @estudiosilibrina e também no site da premiação, onde qualquer pessoa pode votar no Cine do Mangue.
De acordo com a dupla, o diferencial do projeto está na dinâmica de trabalho que construíram, que mesmo com diferenças, conseguiram encontrar um ponto em comum para desenvolver o trabalho.
“Somos indivíduos diferentes e nossas identificações artísticas se polarizam de forma notória, ao mesmo passo de que os pensamentos que se cruzam possuem uma química muito forte. Nós gostamos de utilizar nossa bagagem lúdica e afetiva misturadas com questões projetuais de um trabalho de design, pois sabemos que mais importante do que encher os olhos é comunicar-se com o público”, salientam.
Sobre o futuro do estúdio, Marina e Rayrã planejam se manter no mercado alagoano e também nacional. “Nossas prospecções pro estúdio é que possamos desenvolver trabalhos com um potencial criativo de grande expressão e pôr em prática nossas habilidades como uma ferramenta de evolução e de entendimento da nossa construção como designers e comunicadores”, concluem.