Na 26ª posição, estado perdeu duas colocações em relação ao ranking 2020.
Alagoas caiu duas posições e ficou em 26º lugar no ranking nacional do Índice Fiec de Inovação dos Estados 2021, divulgado nesta quarta-feira (29).
O índice, elaborado pelo Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), engloba um conjunto de 22 subindicadores que formam 12 indicadores, divididos em 2 dimensões: Capacidades e Resultados.
“Os indicadores representam aspectos relevantes de serem fomentados para o desenvolvimento econômico dos estados, principalmente por serem motores de produtividade e competitividade. Em conjunto, os indicadores compõem o Índice de Inovação, cujo objetivo é identificar as posições dos estados brasileiros de acordo com esses aspectos”, explica o estudo.

Capacidades
Na competência Capacidades, Alagoas perdeu uma posição em relação ao ranking 2020, saindo do 23º lugar para o 24º.
Segundo a pesquisa, esta dimensão busca capturar a estrutura de promoção à inovação nos estados, na forma de disponibilidade de recursos que potencializam a produtividade na criação de produtos, processos e negócios inovadores.
É composta por sete indicadores: Investimentos Públicos em Ciência e Tecnologia; Capital Humano – Graduação; Capital Humano – Pós-Graduação; Inserção de Mestres e Doutores; Instituições; Infraestrutura; e Cooperação.
A melhor posição de Alagoas em todo o estudo foi no quesito Investimento Público em Ciência e Tecnologia, onde o estado se manteve no 6º lugar.
O pior resultado foi no indicador Cooperação, onde Alagoas ficou na penúltima posição. Este quesito avalia o número de parques tecnológicos, incubadoras e aceleradoras em relação à população total do estado.
Para o professor e pesquisador na área de Tecnologia da Informação, Dheiver Santos, esse resultado pode ser explicado pelo baixo número de empresas e startups encontrados no estado, em comparação com o cenário do Nordeste e do Brasil.
“Não rompemos ainda a barreira do empreendedorismo de oportunidade em Alagoas. Eu acredito muito que esse déficit de infraestrutura de ambientes de inovação será superado quando realmente tivermos políticas coordenadas em rede, que suportem o empreendedor. A demanda por ambientes de inovação irá aparecer e, consequentemente, tenderíamos a melhorar nesse quesito”, avalia.
Resultados
Já na dimensão Resultados, Alagoas perdeu três posições, indo do 22º lugar em 2020, para 25º em 2021.
Essa competência busca ilustrar o desempenho que reflete a inovação em si nos estados, na forma de posicionamento no ambiente que proporciona dinâmica e competitividade com teor inovador.
São cinco os indicadores dessa dimensão: Competitividade Global; Intensidade Tecnológica; Propriedade Intelectual; Produção Científica; e Empreendedorismo.
O indicador Empreendedorismo foi o destaque da categoria, já que Alagoas subiu seis posições em relação ao ranking 2020, saindo do 22º lugar para 16º. Para Santos, o desempenho é algo a se comemorar.
“O ecossistema alagoano é formado com profissionais e Instituições de excelência e pessoas que batalham bastante pela inovação do estado. Senai, PROFINIT (Ufal), Sebrae são instituições que realmente levam a sério ações de alavancagem para inovação”, reconhece.