Como o aumento do IOF afeta o seu bolso

(Design: Amanda Georgevich)

Imposto incide no custo do crédito e impacta empresas e famílias.

O que está acontecendo?

A partir da próxima segunda-feira (20), as transações que envolvem o IOF (Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários) ficarão mais caras.

Na última quinta-feira (16), o Governo Federal anunciou que vai elevar a alíquota do tributo para pessoas físicas e jurídicas.

O objetivo, segundo o Palácio do Planalto, é aumentar a arrecadação em R$ 2,14 bilhões para subsidiar o Auxílio Brasil, programa proposto pelo governo para substituir o Bolsa Família.

O que vai mudar?

O IOF é apurado diariamente e varia de operação para operação. A alíquota para pessoas jurídicas (PJ) passará de 0,0041% (referente à alíquota anual de 1,50%) a 0,00559% (referente à alíquota anual de 2,04%); para as pessoas físicas, subirá de 0,0082% (referente à alíquota anual de 3,0%) para 0,01118% (referente a alíquota anual de 4,08%).

O que esse aumento significa, de forma prática?

Que o custo do crédito para empresas e famílias vai ficar mais caro. Isso porque, além das taxas de juros cobradas pelos bancos, o imposto cobrado pelo governo sobre as operações vai aumentar.

Entre as operações afetadas estão o cheque especial, o cartão de crédito, o crédito pessoal e os empréstimos para empresas. Investimentos (quando resgatados antes de 30 dias) e seguros também sofrerão impacto do aumento da alíquota.

Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirma que a medida é um desestímulo aos investimentos e gerará mais custos para empresas e famílias que precisam de crédito.

“Aumento de impostos sobre o crédito, mesmo que temporário, agrava o custo dos empréstimos, particularmente em um momento em que o Banco Central precisará subir ainda mais a taxa básica de juros para conter a alta da inflação”, diz o posicionamento.

Até quando isso vai durar?

Para 2022, o Governo Federal diz que a intenção é financiar o programa Auxílio Brasil com a recriação do Imposto de Renda sobre lucros e dividendos, proposta que está tramitando no Senado. Por enquanto, o aumento do IOF é válido até 31 de dezembro de 2021.

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