Para concorrer, alunos precisam ter realizado ao menos um ENEM a partir de 2010.
O Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) abriu, na última terça-feira (8), as inscrições para seleção de novos estudantes que poderão financiar seu curso superior em uma instituição privada de ensino.
O financiamento é feito pela Caixa Econômica Federal, visto que o programa é promovido pelo Governo Federal. As inscrições vão até o dia 11 de março e os interessados devem se inscrever exclusivamente online, pelo site oficial do FIES, utilizando a sua conta gov.com.
Para quem deseja entender o que é um financiamento estudantil, abaixo respondemos as principais dúvidas sobre o assunto:
Como funciona um financiamento estudantil?
Assim como qualquer outro tipo de financiamento, o estudantil funciona como um empréstimo, no qual uma instituição financeira será a responsável por realizar o pagamento das mensalidades do curso enquanto o aluno estuda.
Durante os anos de formação, o universitário deverá pagar trimestralmente uma taxa referente aos juros do financiamento. É possível, inclusive, financiar somente uma porcentagem do curso, portanto, a taxa paga será no valor proporcional ao financiamento.
Após a conclusão do curso, o aluno terá ainda um tempo de carência para começar a pagar o seu empréstimo. Ao fim deste tempo, ele poderá parcelar a sua dívida com o banco e seguir pagando por mais alguns anos.
Como mencionado, no caso do FIES, a instituição financeira que concede o crédito é a Caixa Econômica. Entretanto, existem também as opções de financiamento fornecidas por bancos privados, que utilizam diretrizes próprias de empréstimos e juros.
Quem pode participar do FIES?
Para se inscrever no FIES, o candidato precisa ter realizado qualquer uma das edições do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) a partir de 2010 e ter tirado nota mínima de 450 pontos. Também é necessário ter renda familiar de no máximo três salários mínimos por pessoa.
Não podem participar alunos que já tenham recebido o benefício do FIES, que já possuam bolsa de 100% pelo Prouni ou que estejam com matrícula trancada no curso que desejam financiar. Inadimplentes com o Programa de Crédito Educativo (PCE/CREDUC) também não participam.
Além disso, o FIES é válido apenas para cursos presenciais e devidamente regulamentados pelo Ministério da Educação (MEC). A lista de cursos e vagas disponíveis mudam a cada edição do programa e devem ser consultadas durante o período de inscrições.
É possível ter FIES e estar matriculado em outra instituição de ensino superior pública?
Alunos matriculados em uma universidade pública podem concorrer a um financiamento em outra universidade privada. Entretanto, o MEC não tem normas específicas sobre o uso do FIES e SISU — sistema unificado que dá acesso a maioria das universidades públicas do país — de forma simultânea.
Portanto, os candidatos interessados podem se inscrever normalmente no FIES, embora não exista uma garantia clara no regulamento dos processos seletivos afirmando que, se aprovados, os alunos poderão manter as duas matrículas ativas.
O financiamento pode ser feito sem um fiador?
Em geral, o fiador é exigido para aprovação do financiamento. Apesar disso, alunos que já tenham bolsa parcial do Prouni no curso que desejam financiar não precisam do terceiro nome para aprovação do seu crédito.
Estudantes matriculados em cursos de licenciatura e ou com renda familiar bruta mensal de até 1,5 salários mínimos por pessoa também não precisam de fiador.
Como o aluno pode saber quanto ficará seu débito total com o FIES?
No portal oficial do FIES o aluno pode ter acesso ao valor total do seu empréstimo. Neste ambiente online é possível conferir o extrato e saldo devedor. O contrato do financiamento também deve trazer essas informações com clareza.
Para os alunos que não conseguirem cumprir o pagamento dos valores acordados, periodicamente são abertas as renegociações. Na última segunda-feira (7), por exemplo, foi aberto o prazo de refinanciamento com desconto para inadimplentes.
Essas e outras informações podem ser consultadas diretamente nos portais oficiais de acesso ao ensino superior do Ministério da Educação.