Em 2022, você vai pedir carne vegetal em uma foodtech

(Foto: Fazenda Futuro)

Jovem, o ano de 2022 promete! 

Se você não sabe, comece a saber que estão sendo desenvolvidas alternativas à carne animal nos Estados Unidos – mais precisamente pela empresa Beyond Meat e Impossible Food, onde essa onda começou -, que tentam reproduzir a textura e o sabor das carnes bovina e suína. No Brasil, temos a Fazenda Futuro com o Futuro Burger, o Burger King com o Rebel Whopper e o McDonald ‘s com o McPlant.

Sensacional, muito disruptivo e gostoso!

À medida que os preços vão caindo, pela lei da oferta e da procura, a demanda no mundo deve aumentar, pois a maioria dos países que compactuam com a ONU e outros órgãos possuem preocupações ambientais em manter seus pactos. Estudos mostram que a pecuária bovina é responsável pela emissão de pelo menos 50% dos gases estufa, principalmente do gás carbônico (CO2) e do metano (CH4) (FONTE: Mundo Educação).

Espera-se que o mercado global de carne vegetal alcance o valor de 35 bilhões de dólares em 2027, frente aos 13,5 bilhões de dólares em 2020, graças, em parte, à expansão para além dos Estados Unidos (Fonte: Research and Markets).

Vamos partir do princípio que não existirá distinção de sabor, textura e capacidade proteica. É bem provável que isso possa ser popularizado pelo Brasil e pelo mundo. As pessoas estão, no digital, mais abertas a novas experiências e sempre com alguma preocupação socioambiental. É bem provável que essa moda pegue. Não vou entrar no debate ético em relação ao consumo de carne animal em detrimento à carne vegetal, mas vocês já conhecem essa história.

E outra coisa…se, para Zygmunt Bauman, sociólogo polonês radicado em Londres, tudo na vida é efêmero e escapa das mãos como água, em um mundo líquido, coisas começam a ficarem velhas já no momento em que nascem, e a distância temporal entre acolhê-las entusiasticamente e rejeitá-las como ultrapassadas vem se encurtando em uma velocidade cada vez maior, advogo por viver um carpe diem nesse mundo líquido, e comer bastante carne vegetal. 

Não precisam comer todo dia, tudo na vida é um equilíbrio. Se a gente pode, de alguma maneira, balancear o consumo de carne animal, fazêmo-lo. 

Para Mário Neto, nutricionista, mestrando em Ciências da saúde, pós-graduando em Nutrição Clínica, Esportiva, Estética e Fitoterapia:

Hoje em dia muitas pessoas estão buscando alternativas para o consumo de carne, algumas motivadas por questões éticas e sustentáveis. Com isso, a procura por carnes vegetais vem crescendo bastante, a fabricação dessas carnes e suas fontes de proteínas podem variar de acordo com quem produz, sendo as fontes mais comuns: grão de bico, soja, jaca e ervilha.

Existem algumas diferenças entre as carnes vegetais e as animais, a principal está na quantidade de aminoácidos que cada uma possui, sendo as proteínas de origem animal uma fonte mais rica em aminoácidos. Por outro lado, as carnes vegetais possuem uma quantidade menor de gorduras saturadas.

O consumo de carne vegetal nos próximos anos será cada vez maior, proporcionando mais uma opção gastronômica para os vegetarianos e veganos. Contudo, é importante ter atenção nas preparações e ingredientes das carnes vegetais, evitando a adição de produtos que possam trazer algum prejuízo na saúde dos consumidores, e vale destacar que alimentação saudável deve ser priorizada durante o dia inteiro.

Para Fernanda Romano, gestora de sistemas integrados: Qualidade, Compliance, Riscos, ESG e Sustentabilidade:

A carne vegetal conquista espaço a cada dia e o apelo não é somente sob viés ambiental.  Além deste impacto na natureza, recentemente fomos convidados a repensar nossos hábitos alimentares quando constatado maus tratos a um rebanho de búfalas que foi acolhido por voluntários.

Posts  “repense seus hábitos, não consuma” viralizaram, tornando necessária uma solução sustentável. Portanto, já não podemos considerar uma tendência, é um mercado promissor se transformando em realidade em tempo real. 


Dheiver Santos é professor, Pesquisador e Empreendedor. Cientista de Dados Sênior no Grupo Boticário/GAVB, Mentor de Negócios no Founder Institute Brazil, Pesquisador na Rede BRIDGE, Consultor Empresarial, Prof. Doutor Estácio de Sá – Alagoas ensinando cadeiras na área de tecnologia da Informação (Sistemas operacionais). Possui Doutorado em Engenharia Química pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Possui mais de duzentas produções científicas na base Lattes e mais de 15 anos de experiência de mercado.


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