Confiança do empresário do Comércio volta a crescer em Maceió, diz pesquisa

(Foto: Ailton Cruz)

Índice é 10,8% maior do que o registrado em novembro de 2020, segundo Fecomércio-AL.

Com o relaxamento das restrições de funcionamento do comércio no novo decreto estadual e o aumento de circulação de pessoas nos centros comerciais maceioenses, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) vem aumentando neste fim de ano.

Em pesquisa realizada com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio-AL) apontou que, desde o mês de setembro, mesmo em estabilidade, o indicador apresenta os maiores índices de 2021. Em novembro, atingiu a marca de 128,8 pontos, 10,8% maior que no mesmo mês de 2020.

Considerando o desempenho entre os meses de janeiro a novembro deste ano, a confiança do empresário do comércio está, em média, 14,6% mais positiva no segundo semestre, em relação ao primeiro. Sobre a variação entre os meses de junho e novembro, há um incremento de 22,31% do indicador.

Segundo o assessor econômico da Fecomércio AL, Victor Hortêncio, o salto de 116,2 para 128,8 pontos na avaliação anual (novembro/2020 e novembro/2021) aponta um possível reflexo do avanço da vacinação, além do retorno a quase normalidade na rotina social.

“Em novembro passado, o baixo otimismo do empresariado pode ser explicado pelas incertezas quanto à vacinação, até então ainda sem muita perspectiva de ter início no Brasil, e às restrições no funcionamento do comércio, com os decretos oscilando entre momentos de restrição e de maior flexibilização”, explica o economista.

Ainda segundo Hortêncio, o avanço do número de imunizados e a tendência de flexibilização total nesta época do ano em Alagoas também trazem otimismo aos empresários, já que soma o bom desempenho de datas comemorativas como o Dia das Crianças, Black Friday, e festas de fim de ano.

“O quarto trimestre é marcado por promoções, festas e comemorações de final de ano. Além disso, por sua própria natureza, a capital alagoana é convidativa e tem, nesse período, um maior fluxo de turistas, o que incrementa as vendas e o ânimo dos empresários de todos os segmentos”, salienta.

Para o economista, com este cenário a expectativa é de que o movimento de alta ou de estabilidade se mantenha, fazendo com que o indicador permaneça acima dos 120 pontos no último trimestre de 2021.

Subindicadores

Dentre as três subcategorias que compõem o Icec, o único subíndice que apresentou variação negativa mensal foi o de Condições Atuais do Empresário do Comércio, que teve uma queda de 3,4%.

“Mesmo considerando a maior movimentação comercial do período, esse movimento pode ser explicado pela conjuntura nacional de juros altos, inflação acumulada de dois dígitos (10,67%) e altas taxas de desemprego e informalidade”, analisa Hortêncio.

Sobre os subindicadores Índice de Expectativa do Empresário do Comércio e o Índice de Investimento, ambos se mantiveram constantes, com variações de 0,3% e 1,3%, respectivamente.


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