Análise do último trimestre mostra estado com 18,8% de desocupação, em termos absolutos.
No segundo trimestre de 2021, Alagoas registrou a quarta maior taxa de desemprego do Brasil, com 18,8% em termos absolutos, atrás apenas de Pernambuco (21,6%), Bahia (19,7%) e Sergipe (19,2%). Os dados são do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e foram divulgados nesta segunda-feira (27).
Com quatro estados no topo do ranking, o Nordeste também permanece em situação desfavorável em relação às demais regiões do país.
O recuo tímido de 0,04 pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre do ano não foi suficiente para melhorar o desempenho da região no comparativo com o mesmo período do ano passado. Enquanto o segundo trimestre de 2020 apresentou taxa de desemprego de 16,1%, junho de 2021 registrou 18,2%.
De acordo com a análise de desempenho recente do mercado de trabalho, feita a partir da desagregação dos trimestres móveis da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil, no geral, registrou avanço nas contratações do último trimestre, com taxa de 15,1% em março deste ano e recuo de 13,7% em junho.
Essa redução no desemprego, porém, foi intensificada pelas contratações em setores que empregam relativamente mais mão de obra informal, como setores de construção; agricultura; e serviços domésticos, que registraram crescimento anual da população ocupada de 19,6%, 11,8% e 9%, respectivamente.
O Ipea também destacou a manutenção da subocupação em patamar elevado e o aumento do tempo de permanência no desemprego. De acordo com os microdados de transição extraídos da PNAD Contínua, o percentual de trabalhadores brasileiros desocupados que estavam nesta situação por dois trimestres consecutivos saltou de 47,3% no primeiro trimestre de 2020 para 73,2% no segundo trimestre de 2021.
“Os dados mais recentes mostram que embora já se verifique alguns sinais positivos, o mercado de trabalho brasileiro ainda apresenta um quadro desafiador, com taxas de desocupação, subocupação e informalidade ainda em patamares elevados. No entanto, o ritmo de recuperação da população ocupada vem se acentuando nos últimos meses, a ponto de conseguir reduzir a taxa de desemprego mesmo num cenário de recuperação da taxa de participação”, destaca a publicação.
 
											 
											 
								 
											