Brasil ganha 3,6 milhões de novos MEIs em dois anos, segundo IBGE

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(Foto: Adam Winger / Unsplash)

De acordo com o levantamento, cabeleireiros e outros profissionais da área de beleza são a maioria dos microempreendedores individuais do país.

Aproximadamente 13,2 milhões de pessoas trabalhavam como microempreendedoras individuais (MEIs) no Brasil, em 2021. O dado foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última quarta-feira (4). Em 2019, esse número era de 9,6 milhões, o que indica um crescimento de 3,6 milhões de registros em dois anos.

O dado, segundo o Instituto, reflete o aumento do número de pessoas que resolveram trabalhar por conta própria por conta da pandemia.

No Brasil, a quantidade de microempreendedores que possuía algum empregado apresentou queda de 30%. Enquanto que, em 2019, havia 146,3 mil MEIs com empregados, em 2021, este quantitativo foi reduzido para 104,9 mil. De acordo com a atual legislação, o MEI pode empregar apenas um funcionário.

Os estados com maior concentração de microempreendedores individuais são: São Paulo (3,6 milhões); Rio de Janeiro (1,5 milhão); Minas Gerais (1,5 milhão); Paraná (825,8 mil); e Rio Grande do Sul (799,1 mil). Alagoas, com 132 mil MEIs, possui 1% do total do país.

O perfil dos MEIs

Conforme o levantamento, cabeleireiros e outros profissionais da área de beleza representavam a maior parte dos MEIs do país em 2021 (9,1%), somando 1,2 milhão de trabalhadores. Em seguida, está o setor de comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios, com 939,6 mil MEIs (7,1%), e restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas, com 827,3 mil (6,3%).

Quase 40% dos microempreendedores exerciam a atividade na própria residência. As atividades de informação e comunicação (48,5%); educação (47,8%); e transporte, armazenagem e correio (45,3%) eram as que mais tinham MEIs nessa condição.

A maioria dos MEIs é formada por homens (53,3%), da cor branca (47,6%), com idade entre 30 e 39 anos (30,3%) e sem formação de nível superior completo (86,7%).

Quase 70% dos MEIs estiveram no mercado formal de trabalho em algum período entre 2009 e 2021. Para o analista da pesquisa, Thiego Gonçalves Ferreira, o número reflete uma busca por habilidades por parte dos microempreendedores.

“Esse dado pode sinalizar um perfil de empreendedor que identificou no MEI uma oportunidade de adquirir experiência com a própria empresa para depois entrar no mercado de trabalho, bem como aquele que percebeu os desafios de abrir o próprio negócio e resolveu retornar, concomitantemente com o seu empreendimento, ao mercado de trabalho”, avalia Thiego.

Entre os MEIs que já tinham trabalhado antes de se tornarem microempreendedores, 62,2% foram demitidos pelos empregadores ou por justa causa.

As ocupações mais comuns entre os MEIs quando atuavam como empregados eram vendedores de comércio varejista (154,3 mil MEIs), auxiliares de escritório (111,1 mil) e assistentes administrativos (99,5 mil).

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