Índice, que serve para desacelerar a inflação no país reduzindo o consumo da população, chegou ao menor patamar desde junho de 2022.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, nesta quarta-feira (20), reduzir a taxa Selic de 13,25% ao ano para 12,75% ao ano. Este é o menor nível desde junho de 2022, quando estava no mesmo patamar. A decisão foi unânime, tomada pelos nove integrantes do órgão.
A redução da Selic já era esperada pelo mercado, sendo este o segundo corte seguido com o mesmo valor de 0,5%. No comunicado divulgado após a reunião de hoje, o comitê explicou que a diminuição da taxa era “compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024 e, em menor grau, o de 2025”.
O Copom também sinalizou que pode cortar novamente a Selic em 0,5% no próximo encontro.
“Se confirmando o cenário esperado [de desinflação e ancoragem das expectativas em torno da meta de inflação], os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”, ressaltou a nota.
O órgão é formado pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e por oito diretores, sendo dois indicados pelo presidente da República. O Copom geralmente se reúne a cada 45 dias para definir o novo valor da taxa Selic. Para este ano, são esperadas mais duas reuniões: a primeira em 31 de outubro e 1º de novembro, e a segunda em 12 e 13 de dezembro.
Taxa Selic
A definição da taxa básica é uma ferramenta de política monetária utilizada pelo Banco Central para controlar o poder de compra dos brasileiros. Ela existe para definir, por exemplo, o valor que o consumidor pagará por um empréstimo ou, ainda, a quantia que um investidor vai receber por algum título adquirido.
A Selic influencia todas as taxas de juros do país, como as taxas de empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras. Quando ela aumenta, ajuda a desacelerar a economia e controlar a inflação.
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