Com alta na agropecuária, PIB do Brasil cresce 1,9% no 1º trimestre de 2023

(Foto: Wenderson Araújo/Trilux)

(Foto: Wenderson Araújo/Trilux)

Número foi o 2º maior entre os países que integram o G20; setor agropecuário registrou maior alta desde 1996.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil apresentou um aumento de 1,9% no primeiro trimestre de 2023, em relação ao anterior. O total, em valores correntes, nos três primeiros meses do ano foi de R$ 2,6 trilhões.

Comparado ao mesmo período de 2022, o aumento foi de 4,0%. Já no acumulado dos quatro últimos trimestres, encerrado em março de 2023, o PIB teve aumento de 3,3% em relação aos quatro imediatamente anteriores.

Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última quinta-feira (1).

O indicador econômico é o principal utilizado para medir a evolução econômica. O PIB apresenta a soma de todos os bens e serviços produzidos em uma determinada área e em um determinado período, podendo ser um ano ou um trimestre.

De acordo com o levantamento realizado pela Austin Rating, que inclui 49 países, o Brasil foi o 4º que mais cresceu no período, em relação ao 4º trimestre de 2022.

Entre as nações que integram o G20, o país ficou atrás apenas da China, que teve crescimento de 2,2%. O Brasil ficou a frente dos Estados Unidos, México, Canadá e Alemanha.

Crescimento foi impulsionado pela alta da agropecuária

O resultado obtido foi impulsionado, principalmente, pela alta na Agropecuária, que foi de 21,6%. O crescimento foi o maior para o setor desde o quarto trimestre de 1996.

O setor de Serviços também registrou crescimento, de 0,6%. O crescimento se deve pela alta nas áreas de Transporte, armazenagem e correio (1,2%), Intermediação financeira e seguros (1,2%) e Administração, saúde e educação pública (0,5%).

Também houve variação positiva no Comércio (0,3%) e Atividades imobiliárias (0,3%), mas Informação e comunicação (-1,4%) e Outros serviços (-0,5%) registraram queda.

Já a Indústria, apresentou queda de 0,1% no período. Atividades no setor registraram queda, como Construção (-0,8%) e Indústrias de Transformação (-0,6%). Por outro lado, Indústrias Extrativas (2,3%) e Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (1,7%) tiveram alta.

Nas despesas, a Despesa de Consumo das Famílias teve variação positiva de 0,2%, e a Despesa de Consumo do Governo teve alta de 0,3%. Já a Formação Bruta de Capital Fixo, recuou 3,4%.

Os dados do IBGE também mostram que as Exportações de Bens e Serviços tiveram variação de -0,4%, enquanto as Importações de Bens e Serviços caíram 7,1% em relação ao trimestre imediatamente anterior.

No primeiro trimestre de 2023, a taxa de investimento foi de 17,7% do PIB, se mantendo abaixo do observado no mesmo período de 2022 (18,4%). Já a taxa de poupança (18,1%), teve crescimento de 0,7% em relação ao primeiro trimestre do ano passado (17,4%).

A projeção do Ministério da Fazenda foi de um crescimento de 1,2%, de janeiro a março de 2023. Contudo, o levantamento foi realizado antes do anúncio dos dados setoriais e da prévia do indicador, medida pelo Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central (BC).

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