Valorização tende a beneficiar economia no estado, aponta especialista.
Segundo um índice realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da USP, em parceria com o grupo Zap+, da OLX, em outubro, Maceió foi a capital do país com maior valorização no preço de venda dos imóveis, com um aumento de 1,58%.
Apesar do terceiro trimestre de 2021 ter apresentado uma queda de cerca de 9,5% nas vendas do mercado imobiliário, segundo pesquisa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o ano já acumula um crescimento de 22,6% no setor.
E muito embora a alta na inflação, nos juros e nos combustíveis tenham gerado também um aumento no custo dos insumos da construção civil — o que pode ter influenciado na queda recente nas vendas do país —, o crescimento no preço dos imóveis da capital alagoana não está condicionado apenas a essa variante.
Fatores para valorização
Para Jorge Ferreira, administrador no ramo imobiliário, o preço dos imóveis de Maceió reflete de fato uma valorização do mercado. A pandemia pode ter sido um dos fatores para isso, visto que as pessoas começaram a passar mais tempo em casa.
“Houve uma ressignificação na cabeça do consumidor sobre o que é morar bem. Hoje a gente tem no consumidor uma tendência a procurar imóveis melhores, maiores e mais otimizados”, explica Jorge.
Fora isso, o cenário paradisíaco da região chama a atenção não apenas de quem busca por um lugar com mais qualidade de vida, mas atrai também investidores do mundo todo.
“A exuberância natural da cidade torna Maceió um expoente. Há uma busca grande por imóveis, principalmente para investimento, tanto internamente no Brasil, quanto por pessoas de fora”, revela o administrador.
Empregos e economia
O administrador conta ainda que a valorização dos preços é um estímulo para que as construtoras deem início a antigos projetos que não tinham tido tido oportunidade de investimentos.
“Muitos projetos foram tirados da gaveta. Se você faz essa análise, tem um aumento exponencial no número de contratações. Exemplo: a Construtora R Pontes iniciou o ano de 2020 com 230 funcionários na área de obras e hoje ela já tem mais de 350”, conta.
E com o lançamento de novos empreendimentos também no interior alagoano, o cenário tem sido favorável em todo estado. Isso porque, o fortalecimento do mercado imobiliário, mais do que gerar empregos, promove uma estruturação da região na qual está inserido, como demonstra Jorge.
“Não é só em Maceió que a gente tem visto essa experimentação no crescimento de produtos imobiliários. Em várias cidades do interior houve lançamentos de loteamentos. Toda vez que um empreendimento se instala ele tem um impacto no seu entorno, seja em infraestrutura ou em mobilidade.”
Dito isso, o administrador afirma que, para o início de 2022, o mercado deve se manter aquecido, o que envolve empreendimentos para investimentos dentro da capital, condomínios fechados no litoral sul de Alagoas e imóveis de alto padrão.
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